Dia 27, pela saúde da população negra!

Entidades do movimento social negro, gestores(as) públicos(as) e trabalhadores(as) da saúde elegeram 27 de outubro como o Dia de Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra. Nesse dia, serão promovidas várias atividades em diversos pontos do País, com o objetivo de informar à população sobre seus direitos e de ampliar o debate sobre a importância do combate ao racismo e sua relação com a saúde. “É preciso que todos e todas saibam que discriminação e intolerância não combinam com saúde”, salientam a ONG Criola e a Rede de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, responsáveis pela secretaria executiva desta iniciativa.

Luciane O. Rocha, coordenadora de projetos de Criola, conta que os movimentos negros e de mulheres negras, religiosos de matriz africana, pesquisadores(as) e trabalhadores(as) da Saúde vêm lutando para colocar na pauta da saúde questões como a implantação de um programa de anemia falciforme, combate ao racismo institucional, a aplicação do quesito cor nos documentos da saúde, recursos públicos para a saúde das comunidades quilombolas, atenção para a saúde da mulher negra, redução da violência.
De acordo com Luciane, a proposta do dia 27 terá continuidade em outras ações: Criola e outras entidades estão organizando um fórum sobre a saúde da população negra. “E Criola organizará com a Rede de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde um encontro estadual com gestores, para discutir a saúde da população negra. Este movimento continuará”.

Marcas da desigualdade

Conforme as organizadoras do Dia de Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra, o Brasil é o único país do mundo que conta com um Sistema Único de Saúde que tem como premissas a universalidade, a eqüidade, a integralidade. Contudo, é sabido que alguns grupos têm seu direito à saúde negado ou violado, em virtude das dificuldades de acesso aos serviços ou da baixa qualidade da atenção que lhes é oferecida. Por exemplo, dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que: para as crianças pretas e pardas com menos de 5 anos, as taxas de morte por causas mal definidas foi duas vezes maior que as observadas para as crianças brancas; a cada 100 indígenas mortos, 31 tinham menos de 5 anos de idade.

Saiba mais:

Mobilização: http://www.mobilizacaosaudenegra.blogspot.com

Criola: www.criola.org.br

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