Sujeito coletivo

Juventude e participação coletiva foi o tema da oficina oferecida pelo Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais, neste sábado, 25 de março de 2006, durante o Fórum Mundial de Educação em Nova Iguaçu – RJ. O Programa é sediado e na Faculdade de Educação da mesma universidade e trabalha com a temática juvenil no ensino, na pesquisa e na extensão. Está inserido no contexto das ações afirmativas.

A oficina teve como objetivo promover um diálogo entre estudantes, jovens, educadoras/es sobre a temática da participação juvenil nos mais diferentes espaços. Foi utilizada a metodologia de grupos de diálogos, tendo como base informativa para a discussão dados de pesquisas nacionais sobre a juventude brasileira.

Na discussão sobre as representações sociais conferidas à juventude sugiram as seguintes palavras que compõem os olhares das/os participantes: vida, mudança, criatividade, movimento, desafio, esperança, sonhos, inquietações, liberdade, alegria, participação, rebeldia, atitude. A partir da exposição do percurso das elaborações teóricas que pautaram a juventude, como categoria de estudo no período de 1920-2005, foi estabelecido um diálogo sobre as representações que se fazem das/os jovens no cotidiano escolar.

Houve uma intensa conversa sobre a (in)capacidade de mobilização dos movimentos juvenis historicamente reconhecidos, tais como movimentos estudantis, partidos políticos, sindicatos. Os desafios colocados para a escola, educadores, militantes de movimentos estudantis e ONG’s presentes na oficina se baseiam na necessidade de construir um outro olhar sobre a juventude. Conhecendo a sua diversidade para reconhecer as/os jovens enquanto sujeitos do presente.

Algumas perspectivas foram levantadas para o incentivo à participação juvenil. Há necessidade da promoção da ação coletiva das/os jovens e a escola tem um papel fundamental neste processo. Observar a participação juvenil em outros espaços, como igrejas, grupos culturais, esportivos para compreender quais são os elementos que atraem os jovem a se associarem nestes espaços. São informações outras, necessárias, para que a escola se torne de fato um espaço de promoção do conhecimento relevante para a vida das/os jovens representadas/os por si mesmas/os no espaço escolar.

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