A técnica de Webquests é divulgada no FME

Nos últimos 10 anos, a globalização e Internet vêm oferecendo novas possibilidades na educação. Em 1995, Bernie Dodge e Tom March, organizaram uma série de etapas para a transmissão de um conhecimento específico utilizando a Internet. Um cenário, uma tarefa para resolver um problema ou para criar um projeto, a descrição do processo e da avaliação. Em determinada etapa havia referências a links, permitindo o acesso a informações previamente selecionadas pelo professor. Estudantes, usando a Internet, precisavam planejar, analisar, sintetizar a informação e, no fim, apresentar suas próprias soluções criativas. O projeto recebeu o nome de Webquests (WQ) e vem adquirindo mais adeptos.

As WQ vêm sendo disseminadas em escolas, universidades e em cursos para formação e atualização de profissionais. Merecem especial atenção, seja pela relevância do tema abordado, seja pela criatividade na apresentação e condução do problema proposto. O objetivo deste trabalho é apresentar esta estratégia de ensino a professores e profissionais de educação.

Esta pesquisa inicial é parte do anteprojeto de doutorado submetido recentemente à COPPE/UFRJ em Engenharia da Produção, na Área de Projetos Industriais e de Tecnologia, em 2006. A metodologia proposta inclui a pesquisa em literatura e na Internet, a utilização de questionários e entrevistas semi-estruturadas e a aplicação de um modelo nebuloso (para tratar a informação imprecisa) em WQ. Na fase atual iniciam-se investigações sobre as WQ. Em um estágio mais avançado será proposto o uso de um modelo nebuloso para auxiliar o professor nas avaliações e no monitoramento de um curso que utilize WQ.

O estudo inicial sugere que projetos com WQ vêm sendo utilizados em processos educativos e despertam interesses em diversas áreas. O levantamento do uso desta prática pedagógica permitirá uma representação dos principais elementos que compõem WQ. Além disso, com o auxílio da lógica nebulosa o professor poderá refletir melhor e adequar as atividades propostas a um aprendiz, a um grupo ou à turma, na condução das pesquisas na Internet e, também, aperfeiçoar os projetos futuros em suas disciplinas.

No encontro com os expositores de pôsteres, realizado no dia 23, no FME-NI, 47 educadores visitaram o poster sobre Webquests e assinaram a lista de controle, disponível abaixo do trabalho. Mais de 80% não conhecia a técnica.

Educadores interessados em Webquests devem enviar um email para ilan@ufrj.br.

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